Quando menos é mais

Em algumas ocasiões, ter demais pode atrapalhar.

Investir no "menos", pode render "mais". 

Pois, como diz aquele provérbio: quanto mais se tem, mais se quer! E esse círculo pode se tornar vicioso, e não acabar nunca ou, pior: acabar mal...

Em determinadas oportunidades as crianças acabam servindo como um recebedor de frustrações, de sobrecargas emocionais, de falta de tempo, de compensações, de demonstrações de poder econômico, de opulências, de excesso de zelo, etc.

Que tal pensar em ter aquele brinquedo preferido, pelo qual a criança esperou bastante, desejou muito, sonhou, contou os dias para tê-lo, e que será curtido, aproveitado e valorizado?!

De outra forma, têm-se um quarto com dezenas, quiçá centenas, de brinquedos, com os quais se brinca por poucos minutos e depois fica esquecido no amontoado de outros brinquedos, sem tempo para brincar com todos, e, principalmente, sem o tal referido valor. 

E com essa (in)formação, é possível que a gurizada cresça com a ideia de que ter muito, em quantidade, é o que traz alegria e a torna "melhor". Que ter o que se deseja sempre será o padrão que se reproduzirá ao longo de toda a vida. Que ser feliz é ter. Que a medida da felicidade está no que, e no quanto, se possui... 

e isso pode trazer consequências bem ruins.

Em tempos de "amizades de facebook", nos quais ter "curtidas" e "likes" são os objetivos. Quem sabe pode ser uma boa opção deixar as crianças terem poucos, mas verdadeiros, brinquedos amigos (aquele pra se guardar no lado esquerdo do peito), ao invés de vários brinquedos colegas ou conhecidos?

 Como dizia a canção do inesquecível e tocante Toy Story (principalmente o 3):

ou na versão original, para recordar 

(se por acaso você não viu o filme, vale ver! 

...com ou sem filhos em casa):