Dia do Ambiente



Temos uma data mundial que tem por objetivo celebrar o dia do Meio Ambiente: o dia 5 de junho.





Mas a pergunta que fica (dentre inúmeras outras) é sobre o significado do termo meio ambiente😖... e o que podemos fazer com isso??

Teoricamente, sob diversos aspectos legislativos, o Dia Mundial do Meio Ambiente deveria servir para conclamar a toda população que dedicasse atenção e promovesse medidas e ações (das mais simples até as mais complexas, desde o âmbito pessoal até o planetário) para aumentar a conscientização e a preservação ambiental. 

Porém, a despeito de diversos esforços, nos deparamos com tantas outras "prioridades" que as questões ambientais ficam relegadas a reduzidíssima atenção... infelizmente...

...se não temos políticas públicas, nem mesmo atitudes da sociedade organizada para termos corretas e sustentáveis coletas e descartes de lixo no dia-a-dia... 

...se não temos projetos nas escolas para ensinar as crianças a importância de respeitar aos colegas, aos professores e aos ambientes onde vivem... 

...se não temos educação doméstica... 

...se não temos trabalho... 

...se não temos tanta tanto... 

Fica realmente muito difícil esperar que seja possível cuidar da água, cuidar dos animais em ambientes naturais (e não esses pets frustrantes), cuidar da poluição visual e auditiva nas ruas, cuidar do ar que respiramos, cuidar do ambiente em que vivemos, enfim.

... ao menos vamos tentando ajudar de alguma forma...





E apesar de muito poder, e dever, ser dito sobre este assunto, fica apenas um poema-declaração-pensamento:


O homem; as viagens

O homem, bicho da Terra tão pequeno

chateia-se na Terra

lugar de muita miséria e pouca diversão,

faz um foguete, uma cápsula, um módulo
toca para a Lua
desce cauteloso na Lua
pisa na Lua
planta bandeirola na Lua
experimenta a Lua
coloniza a Lua
civiliza a Lua
humaniza a Lua.

Lua humanizada: tão igual à Terra.
O homem chateia-se na Lua.
Vamos para Marte — ordena a suas máquinas.
Elas obedecem, o homem desce em Marte
pisa em Marte
experimenta
coloniza
civiliza
humaniza Marte com engenho e arte.

Marte humanizado, que lugar quadrado.
Vamos a outra parte?
Claro — diz o engenho
sofisticado e dócil.
Vamos a Vênus.
O homem põe o pé em Vênus,
vê o visto — é isto?
idem
idem
idem.

O homem funde a cuca se não for a Júpiter
proclamar justiça junto com injustiça
repetir a fossa
repetir o inquieto 
repetitório.

Outros planetas restam para outras colônias.
O espaço todo vira Terra-a-terra.
O homem chega ao Sol ou dá uma volta
só para tever?
Não-vê que ele inventa
roupa insiderável de viver no Sol.
Põe o pé e:
mas que chato é o Sol, falso touro
espanhol domado.

Restam outros sistemas fora
do solar a colonizar.
Ao acabarem todos
só resta ao homem
(estará equipado?)
a dificílima dangerosíssima viagem
de si a si mesmo:
pôr o pé no chão
do seu coração
experimentar
colonizar
civilizar
humanizar
o homem
descobrindo em suas próprias inexploradas entranhas
a perene, insuspeitada alegria
de con-viver.

Carlos Drummond de Andrade

___ 

E não pode faltar um som...
no embalo da temática, 
no suingue da conscientização: 

Preserve!
- com os guris da Ultramen!


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