Fragilidade
"Para morrer basta estar vivo"(1).
Apesar de óbvio, pensar na fragilidade de nossas vidas não é tão simples, e, normalmente, não está na pauta do dia-a-dia.
Porém, quando nos deparamos com essa possibilidade é que colocamos à prova nossas ideias, sentimentos e crenças.
Recentemente estes pensamentos vieram à tona ao presenciar um episódio de crise convulsiva e constatar o quão frágil somos enquanto seres humanos. E mais: como pais tão zelosos e protetores perdem seus "superpoderes" diante da vida.
Presenciar uma convulsão já é algo desagradável; ver uma criança passando por esta situação é assustador; agora imagine ver sua filha numa situação dessas...
Nestes momentos, as forças e convicções são avaliadas. E quando confrontadas com a realidade, e com a certeza da perenidade da existência, ao menos da forma física como conhecemos, nos tornamos frágeis demais (como canta Sting, na canção no fim desse texto).
Após mais esta aventura e aprendizado paterno, percebi que as informações sobre convulsões em crianças são relativamente abundantes, principalmente associadas a estágios febris.
E, para minha surpresa, eventos únicos de crise convulsiva não são tão raros assim, principalmente durante a infância e até a adolescência. Existem estudos relatando que aproximadamente 9% da população pode apresentar ao menos um caso dessa natureza ao longo da vida(2). Mas entrar nestas estatísticas não é nada agradável. Quanto mais quando se tem uma vida inteira pela frente e as incertezas do que nossos organismos - especificamente os cérebros - podem padecer.
Mas a vida segue. Os cuidados redobram. E o desejo em passar mais tempo juntos, e desfrutar cada momento possível da melhor forma fica evidenciado. Pois parece que o que fica da vida é a vida que vivemos.
E, para minha surpresa, eventos únicos de crise convulsiva não são tão raros assim, principalmente durante a infância e até a adolescência. Existem estudos relatando que aproximadamente 9% da população pode apresentar ao menos um caso dessa natureza ao longo da vida(2). Mas entrar nestas estatísticas não é nada agradável. Quanto mais quando se tem uma vida inteira pela frente e as incertezas do que nossos organismos - especificamente os cérebros - podem padecer.
Mas a vida segue. Os cuidados redobram. E o desejo em passar mais tempo juntos, e desfrutar cada momento possível da melhor forma fica evidenciado. Pois parece que o que fica da vida é a vida que vivemos.
Para (en)cantar, com arte, uma das facetas da fragilidade humana: Sting, na canção Fragile.
Referências Bibliográficas:
1) Sabedoria popular que chegou a minha por minha falecida avó, querida D. Waldina.
2) Nicole-Carvalho, V & Henriques-Souza, AMM. 2002. Conduta no primeiro episódio de crise convulsiva. Jornal de Pediatria, 78, Sup I: S14-S18.
Comentários
Consigo imaginar e entender o momento tão inesperado e ruim que você e a Livia passaram,tenho certeza que não foi fácil ver uma criança tão amada e especial passando por essa situação tão delicada.
Tenho fé que você e a Livia conseguirão passar por tudo isso,pois existe um Deus que está olhando por vocês! Essa força maior que não sabemos de onde vem, mas que com certeza existe, irá ajudá-los a serem mais fortes para enfrentar qualquer situação que possam deixá-los frágeis novamente. (mas espero que nunca aconteça!!!🙏🙏🙏🙏)
Podem sempre contar comigo para o que precisarem!
Um abraço meu pra você e um beijo enorme da tia Lu pra Bia😘
Beijos!